sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Rio Hamza

Em 25 de agosto de 2011, pesquisadores do observatório nacional (ON) anunciaram que foram encontradas evidencias de um rio subterraneo (...) que corre em baixo do rio Amazônas, a uma profundidade de 4 mil metros. De acordo com os cientistas, esses dois cursos de água tem o mesmo sentido de fluxos de oeste para leste, mas se comportam de forma diferente. A descoberta ocorreu graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos, que foram feitos pela petrobras nas décadas de 1970 e 1980 para procurar petróleo na região amazônica.

Rio Amazonas / Fonte: ultimosegundo.ig.com.br


O Rio subterrâneo foi batizado de Rio Hamza, em homenagem ao pesquisador indiano Valiya Hamza envolvido na pesquisa. O Hamza é um aquífero localizado no estado do Amazonas. O nome do aquífero foi dado em homenagem ao chefe da expedição que fez a descoberta, o pesquisador Valiya Hamza. Sua descoberta foi realizada após análise de 241 poços de petróleo desativados da Petrobrás, perfurados entre 1970 e 1980. A equipe, da qual fez parte Elizabeth Tavares Pimentel da Universidade Federal do Amazonas, identificou que existe uma grande movimentação de água 4 000 m sob a superfície de oeste para leste sob as bacias dos rios Solimões, Amazonas e a ilha de Marajó e desaguando nas profundezas do oceano Atlântico aproximadamente sob a foz do rio Amazonas.

Fonte: convertaholics.com


Dados do Hamza


O aquífero Hamza ainda está em estudo, mas os pesquisadores afirmam que sua nascente é no estado do Acre e percorre cerca de 6 000 km antes de desaguar no oceano Atlântico logo abaixo da foz do Amazonas.É alimentado pela infiltração das águas dos rios da bacia amazônica e das chuvas. Possui vazão de 3 090 m3/s (cerca de 40 vezes menor que a do rio Amazonas), a distância entre uma margem e outra varia de 200 a 400 km. Suas águas correm por via subterrânea a uma velocidade irrisória se comparada aos rios da superfície terrestre (de 10 a 100 metros por ano), enquanto que a velocidade da vazão do Amazonas é da ordem de 2 m/s; o "rio" não corre por um túnel sob o solo mas permeia pelas rochas sedimentares das profundezas terrestres.

Fonte: caroldaemon.blogspot.com
Fonte: envi2bio.com



Referências

Inovação Tecnológica (25 de agosto de 2011). Descoberto rio subterrâneo embaixo do Rio Amazonas. Página visitada em 25 de agosto de 2011.
Crítica Amazônia (25 de agosto de 2011). Rio recém-descoberto é 'reserva' caso bacia amazônica se esgote, diz pesquisadora UOL. Página visitada em 29 de agosto de 2011.
“Rio Hamza” – Esclarecimento a Sociedade ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (8 de novembro de 2011). Página visitada em 13 de outubro de 2013.
Gonçalves, Alexandre. (agosto 2011). "Cientistas anunciam rio subterrâneo de 6 mil km embaixo do Rio Amazonas". O Estado de São Paulo: A22, Caderno Vida.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PLANETA ÁGUA



Deuzarina Dias Garcia 
                       Acadêmica  de Relações Internacionais
Universidade da Amazônia - UNAMA




Todos nós conhecemos esse planeta azul. Que chamamos de Planeta Terra, porem deveria ser chamado de Planeta água, não é por ser azul mas sim, porque ele é mais água do que terra. Em pesquisas cientistas desvendaram que nossa planeta é realmente mais água do que terra, sem dizer que em seu interior é repleto de vários tipos de terras pedras é larvas. Nosso planeta terra e composto de 65% de água e 35% de terra, já 97% em água salgada é apenas 3% de água doce, sendo apenas 1% potável que é a que nos bebemos.


Nosso planeta azul, é dividido em 3 partes que são elas: Crosta, Manto é Núcleo.


Crosta: Camada superficial sólida que circunda a Terra. Tem, em média, de 30 a 40 km de espessura, mas pode ser bem mais fina ou chegar a até 70km.

Manto: Camada viscosa logo abaixo da crosta. É formada por vários tipos de rochas que, devido às altas temperaturas, encontram-se em um estado complexo que mistura materiais fundidos e sólidos e recebe o nome de magma. Vai a 2900 km de profundidade.

Núcleo: É a parte central do planeta. Acredita-se que seja formado por metais como ferro e níquel em altíssimas temperaturas. Divido em duas partes.

Infelizmente ações humanas tendem a acabar com toda essa riqueza  com os desmatamentos, contaminações dos rios entre outros, somos os únicos responsáveis por todos os resultados deste tão grande e lindo planeta


Veja como é lindo nosso planeta água!












































Vídeo


 Assista ao vídeo

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Alguns dos Países que tem escassez de água

A escassez pode ser um fator de instabilidade segundo os especialistas, principalmente dentro dos próprios países porque diferentes setores da economia estão competindo pela água. Os países foram divididos em quatro categorias: a primeira é dos países que já vêm sofrendo de escassez e que dificilmente manterão em 2025 os mesmos níveis de abastecimento de 1990. Estão neste grupo 17 países do Oriente Médio, sul da África, regiões secas da Índia e China, englobando 1 bilhão de habitantes (1,8 bilhão em 2025). Na segunda categoria estão aqueles que têm recursos potencialmente suficientes mas que terão que redobrar os esforços para acessar estes mananciais. São 24 nações da África Subsaariana, compreendendo 348 milhões de pessoas atualmente e 894 milhões em 2025. Os demais países estão enquadrados nas categorias 3 e 4, incluindo a América do Norte e Europa, com reservas que permitem uma certa tranquilidade no abastecimento. Mas os especialistas alertam para o fato de que em alguns destes países as mulheres e as crianças têm que percorrer largas distâncias em busca de água.

Categoria 1 (absoluta escassez)) Afganistão, Egito, Irã, Iraque, Israel, Jordania, Kuwait, Libia, Oman, Paquistão, Arábia Saudita, Cingapura, África do Sul, Síria, Tunísia, República Árabe Unida, Emirados, Yêmen, (China)*, (India)*.

Categoria 2 (escassez econômica) Angola, Benin, Botswana, Burquina Fasso, Burundi, Camarões, Chade, Congo, Costa do Marfim, Etiópia, Gabão, Ghana, Guiné-Bissau, Haiti, Lesotho, Libéria, Moçambique, Niger, Nigéria, Paraguai, Somália, Sudão, Uganda, Zaire.

Categoria 3 - Albania, Argélia, Austrália, Belize, Bolívia, Brasil, Cambodja, República Centrol Africana, Chile, Colômbia, El Salvador, Gambia, Guatemala, Guiné, Honduras, Indonésia, Kenya, Líbano, Madagascar, Malásia, Mali, Mauritânia, Marrocos, Myanmar, Namíbia, Nepal, Nova Zelândia, Nicarágua, Peru, Senegal, Tanzânia, Turkia, Venezuela, Zâmbia, Zimbabwe.

Categoria 4 - Argentina, Áustria, Bangladesh, Bélgica, Bulgária, Canadá, (China)*, Costa Rica, Cuba Dinamarca, República Dominicana, Equador, Filipinas, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Guiana, Hungria, (Índia)*, Itália, Jamaica, Japão, México, Holanda, Coréia do Norte, Noruega, Panamá, Polônia, Portugal, Romenia, Coréia do Sul, Espanha, Sri Lanka, Suriname, Suécia, Suíça, Tailândia, Grã-Bretanha, Uruguai, Estados Unidos, Vietnam.

Estes países têm severa escassez regional de água. Uma parte de sua população - (381 milhões de pessoas na China em 1990 e 280 milhões na Índia em 1990) estão na categoria 1. O restante da população está na Categoria 4.

Fonte(s):

sexta-feira, 24 de maio de 2013

CONCEITO SOBRE O QUE É AGUA E RECURSOS HIDRICOS



Faz-se necessária a distinção entre água e recursos hídricos. Água é um bem da natureza que está no planeta há bilhões de anos. É o ambiente onde surgiu a vida e componente de cada ser vivo. Por isso, o supremo valor da água é o biológico. Recurso hídrico é uma parte da água usada pelos seres humanos para alguma atividade, principalmente econômicos. A água é um conceito muito mais amplo que recurso hídrico, embora sejam indissociáveis.
A questão é que o uso da água hoje é muito mais intenso que em algumas décadas atrás. Hoje, a média mundial é que da água doce utilizada, 70% destinam-se para agricultura, 20% para indústria e 10% para o consumo humano. Esse uso intenso da água, principalmente na agricultura e na indústria, ocorre num ritmo mais acelerado que a reposição feita pelo ciclo natural das águas. Dessa forma, muitos mananciais estão sendo eliminados pelo sobre uso que deles se faz. Portanto, a chamada "crise da água" é de quantidade e qualidade, não por razões naturais, mas pelo uso irresponsável que o ser humano dela faz.
O crescimento populacional ajuda agravar a situação. Nesse sentido, a crise da água é progressiva. A posição da ONU é clara, ou se muda o modo de gestão das águas, ou essa será pior crise que a humanidade já enfrentou em sua história sobre o planeta. Sem dúvida a chave da questão está no intenso uso agrícola e industrial da água. A água ainda é usada para navegação, pesca geração de energia elétrica, uso doméstico em geral, além de outros. É o chamado "uso múltiplo da água". Porém, quando se constata que 70% em média vão para a agricultura, é preciso se perguntar que agricultura é essa que consome água em tamanhas proporções que chega a desequilibrar o próprio ciclo das águas. É uma agricultura de primeira necessidade, ou é uma agricultura que visa produzir permanentemente bens que na verdade são sazonais, consumidos por uma restrita elite mundial? Essa resposta é variada e depende de país para país. No Brasil, na região do Vale do São Francisco, a água é usada para produção de frutas para exportação, ou até mesmo para irrigar cana para produção de álcool e açúcar. A água é um bem natural renovável, e o ciclo das águas, desde que respeitado em seu ritmo, repõe os mesmos volumes de água doce e salgada há muitos milhões de anos. A crise da água, portanto, tem que ser focada na sua questão chave, isto é, o modo como o ser humano vem gerenciando a água que utiliza.

Mesmo havendo água suficiente para todas as formas de vida, desde que gerenciadas com sustentabilidade, há distribuição desigual da água doce sobre o planeta. Os países mais pobres de água sofrem com sua escassez particular. Na outra ponta, continentes inteiros, dentro deles alguns países, têm abundância de água doce. É o caso do continente latino americano, particularmente alguns países. Tendo como exemplo o Peru é um país que está situado no parâmetro de "suficiente". Sua disponibilidade per capta de água hoje é de aproximadamente 1.790 m³ por ano. Entretanto, a projeção é que no ano de 2025 sua disponibilidade caia para 980 m³ por pessoa por ano. Deixaria de estar na faixa de suficiente para a situação de estresse. Já países como Brasil, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Argentina e Chile situam-se no parâmetro de países "ricos", isto é, tem entre 10.000 e 100.000.000 m³/pessoa/ano no qual contatamos a grade desigualdade entre países e regiões. Já a Guiana Francesa situa-se na faixa dos "muito ricos", isto é, acima de 100.000 m³/pessoa/ano. Além disso, esse é um continente privilegiado no regime das chuvas. A intensa precipitação de águas meteóricas sobre o continente, mesmo com intensa média de evaporação, produz um grande excedente hídrico. Mais uma vez é necessário considerar os detalhes dentro do continente e dos países. Por exemplo, Lima no Peru nunca chove. Entretanto, as águas que descem dos Andes abastecem a capital peruana. Basta compararmos o volume de nossas águas com países onde realmente ela é escassa para termos uma noção da abundância que temos, nossos rios são abundantes. As Bacias Hidrográficas tornaram-se hoje a referência fundamental para a gestão das águas. O Brasil, por exemplo, foi dividido em 12 grandes regiões hidrográficas, cada uma delas.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

AQUIFERO ALTER DO CHÃO

AQUIFERO ALTER DO CHÃO 

O Aquífero Alter do Chão é uma reserva de água subterrânea localizada sob os Estados do Pará, Amapá e Amazonas. Abastece a totalidade de Santarém e quase a totalidade de Manaus através de poços profundos. O imenso Lago de água potável se estende sob a igualmente gigantesca bacia do Rio Amazonas. Alter do Chão ocupa, a partir de agora, o lugar daquele que era então o maior Aquífero do mundo – o Guarani – que se estende pela Argentina, Paraguai e Uruguai. A capacidade de Alter do Chão ainda não foi devidamente estabelecida, mas dados preliminares apontam para uma área de 437.500 km² e uma espessura média de 545 metros com um volume estimado de 86 mil km³ de água doce, suficiente para abastecer 100 vezes toda a população mundial. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentaram, no dia 16 de maio de 2010, um estudo apontando o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. O Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos da UFPA é integrado pelos professores Francisco Matos, André Montenegro e ainda pelos pesquisadores Milton Matta (UFPA), Mário Ribeiro (UFPA) e Itabaraci Nazareno (Universidade Federal do Ceará/UFC). O Aquífero de Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani. Uma grande vantagem do Aquífero de Alter sobre o Guarani é que este último está sob a rocha enquanto o da Amazônia tem terreno arenoso. A chuva penetra com facilidade no solo e a areia funciona como filtro natural. Perfurar o solo arenoso é fácil e barato. Levantamentos futuros poderão determinar que o Aquífero é ainda maior do que o estimado inicialmente. O geólogo da UFPA Milton Matta afirma: 

Os estudos que temos: 

Uma enorme dimensão física formada por fauna, flora, rios e diversos ecossistemas, componentes fundamentais de manutenção do equilíbrio dinâmico da Terra e de relevância estratégica para toda a humanidade: não é de hoje que a região amazônica atrai olhares do mundo inteiro. A biodiversidade da maior floresta tropical do planeta é tida como uma fonte inestimável de possibilidades econômicas à espera de estudos e descobertas. E é nesse cenário que se localiza o Aquífero Alter do Chão, uma reserva com cerca de 86,4 quatrilhões de litros de água subterrânea, suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes. É isso mesmo: 86,4 quatrilhões de litros de água potável, localizados em uma formação geológica sob os Estados do Amazonas, Pará e Amapá. Esse número impressionante foi obtido com base em pesquisas realizadas pelo professor André Montenegro Duarte, do Instituto de Tecnologia, da Universidade Federal do Pará, como resultado da sua tese de Doutorado em Geociências, que investigou a potencialidade das águas na Amazônia. A tese, orientada pelo professor Francisco Matos de Abreu, do Instituto de Geociências da UFPA, indicou números preliminares, os quais ainda necessitam de confirmação. 

O Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos prossegue as investigações, mas necessita de recursos financeiros para confirmar as informações iniciais reunidas com base no cruzamento de dados provenientes da perfuração de poços para a pesquisa petrolífera e poços de extração de água construídos em Santarém, Manaus e outras localidades. 

“Os poços da pesquisa de petróleo perfurados pela Petrobras, por exemplo, foram fontes importantes de informação, porque, sendo bastante profundos, fornecem indicações sobre a espessura dos aquíferos. Já com os poços para abastecimento, chegamos a parâmetros hidrogeológicos fundamentais para se ter ideia do volume e da produtividade de água do Alter do Chão”, explica o orientador da pesquisa, professor Francisco Matos. Cerca de 40% do abastecimento de água de Manaus é originário do aquífero Alter do Chão, como também é o caso de Santarém e de outras cidades situadas sobre a Bacia Sedimentar Amazônica. 

Aquífero de Alter do Chão

Protegida da contaminação 

O aquífero é um tipo de formação geológica capaz de armazenar e liberar a água. Há outras unidades que podem armazenar, mas não permitem que a água que está dentro delas seja utilizada. Para fazer uma analogia, o aquífero seria como uma esponja, como as que servem para lavar louças em casa. A esponja fica cheia d’água, mas se ela for movimentada ou pressionada, a substância é liberada. 

O nome Alter do Chão se dá em referência a uma das mais belas praias do País, situada na região de Santarém. Segundo Francisco Matos, a existência desse aquífero já é conhecida na literatura da área desde a década de 50. “Ainda não temos uma avaliação exata sobre a sua real extensão e a quantidade de água que contém. A novidade da pesquisa de André Montenegro é, justamente, o valor apontado de 86,4 quatrilhões de litros de água, que é, realmente, uma coisa fabulosa em termos de reserva”, ressalta o professor Francisco Matos. 

As águas subterrâneas representam a maioria das águas no mundo. “Se você pensar, por exemplo, no caso da Amazônia, as águas visíveis, ou seja, as contidas nos rios, lagos, chuvas, representam 16% do total existente, enquanto 84% correspondem à água subterrânea”, explica o professor. Isso quer dizer que os aquíferos são grandes depósitos de água de qualidade, pois as águas subterrâneas são muito mais protegidas do que as águas superficiais, uma vez que estão menos sujeitas a processos externos de contaminação. 

É assim que os aquíferos da Amazônia, na relação que estabelecem com as outras formas de ocorrência de água, dentro do chamado ciclo hidrológico, agregam grande valor ambiental, econômico e estratégico. Além do Alter do Chão, outro aquífero importante na região é o denominado Pirabas, situado em profundidades entre 100 e 120 metros. Ele oferece água de excelente qualidade na Região Metropolitana de Belém e é responsável por, aproximadamente, 20% do abastecimento público. 

Fontes: